Artrose de Joelho e Quadril: Tratamentos Conservadores Eficazes

Picture of Dr. Reginaldo Fonseca

Dr. Reginaldo Fonseca

Ortopedista Especialista em Intervenção de Dor e Medicina Regenerativa

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Dr. Reginaldo Fonseca

Ortopedista Especialista em Intervenção de Dor e Medicina Regenerativa

Introdução

Você sabia que cada passo que damos exerce uma pressão sobre o joelho equivalente a até quatro vezes o peso do nosso corpo? Essa é apenas uma das razões pelas quais a artrose de joelho e quadril afeta mais de 15 milhões de brasileiros, comprometendo significativamente a mobilidade e qualidade de vida. Se você recebeu um diagnóstico de artrose e está preocupado com a perspectiva de uma cirurgia de prótese, respire fundo: existem opções de tratamento comprovadamente eficazes que podem retardar a progressão da doença e, em muitos casos, adiar significativamente a necessidade de intervenção cirúrgica. Neste artigo, exploraremos desde exercícios específicos e controle de peso até procedimentos minimamente invasivos como infiltrações com ácido hialurônico e PRP. Você descobrirá como uma abordagem personalizada e multidisciplinar pode transformar sua jornada com a artrose, preservando suas articulações naturais e devolvendo o prazer de movimentar-se sem dor.

Pontos-Chave

A artrose de joelho e quadril pode limitar significativamente sua qualidade de vida, mas existem diversos tratamentos conservadores que podem retardar a progressão da doença e evitar a necessidade de cirurgia. Este artigo explora as alternativas não-cirúrgicas comprovadamente eficazes, desde abordagens básicas até procedimentos minimamente invasivos, ajudando você a entender as opções disponíveis no Brasil antes de considerar uma intervenção cirúrgica.

  • Combine exercícios de fortalecimento e aeróbicos para resultados superiores: Estudos mostram que a combinação de exercícios de fortalecimento muscular com atividades aeróbicas de baixo impacto reduz a dor em até 30% e melhora a função articular em pacientes com artrose graus 1-3.
  • Controle de peso é tão eficaz quanto medicamentos: Cada quilo perdido reduz a pressão sobre as articulações do joelho em 4 quilos, diminuindo significativamente a dor e retardando a progressão da artrose.
  • Infiltração com ácido hialurônico oferece alívio prolongado: A viscossuplementação com ácido hialurônico pode proporcionar alívio da dor por 6-12 meses em pacientes selecionados, especialmente eficaz em casos de artrose leve a moderada.
  • PRP mostra resultados promissores em artrose moderada: O Plasma Rico em Plaquetas utiliza fatores de crescimento do próprio paciente para estimular reparo tecidual, com estudos demonstrando redução da dor por até 12 meses em 65% dos pacientes com artrose grau 2.
  • Fisioterapia especializada melhora a biomecânica articular: Protocolos específicos de fisioterapia não apenas aliviam a dor, mas corrigem desequilíbrios musculares que contribuem para a progressão da artrose, especialmente quando iniciados precocemente.
  • Medicamentos anti-inflamatórios devem ser usados estrategicamente: O uso intermitente e supervisionado de anti-inflamatórios, especialmente durante crises agudas, preserva a eficácia e minimiza efeitos colaterais gastrointestinais e renais.
  • Órteses e auxiliares de marcha redistribuem cargas articulares: Joelheiras descarregadoras podem reduzir a dor em até 25% em casos de artrose unicompartimental, enquanto bengalas diminuem em até 30% a carga sobre o joelho afetado quando usadas corretamente.
  • Terapias complementares têm evidência crescente: Acupuntura e laserterapia mostram benefícios moderados no controle da dor quando integradas a um programa abrangente de tratamento, com baixo risco de efeitos adversos.

Antes de considerar uma prótese articular, consulte um ortopedista especializado para avaliar quais dessas alternativas conservadoras são mais adequadas ao seu caso específico. A combinação personalizada dessas abordagens pode não apenas adiar a necessidade de cirurgia, mas também melhorar significativamente sua mobilidade e qualidade de vida enquanto preserva sua articulação natural.

Entendendo a Artrose e Seus Impactos na Qualidade de Vida

A artrose, também conhecida como osteoartrite, é uma doença degenerativa que afeta as articulações, sendo mais comum no joelho e quadril. Trata-se de uma condição progressiva caracterizada pelo desgaste da cartilagem articular, formação de osteófitos (bicos de papagaio), alterações no osso subcondral e inflamação da membrana sinovial.

Mecanismos da degeneração articular e classificação dos estágios

O processo de degeneração articular na artrose ocorre quando o equilíbrio entre a formação e a degradação da cartilagem é comprometido. Inicialmente, há um aumento da atividade metabólica dos condrócitos (células da cartilagem) como tentativa de reparação, mas com o tempo, essa capacidade diminui, levando à deterioração progressiva do tecido cartilaginoso.

A classificação da artrose é geralmente feita através da escala de Kellgren-Lawrence, que divide a condição em quatro graus:

  • Grau 1: Alterações mínimas, com pequenos osteófitos e sem redução do espaço articular
  • Grau 2: Osteófitos definidos e possível estreitamento do espaço articular
  • Grau 3: Múltiplos osteófitos, estreitamento definido do espaço articular, esclerose óssea e possíveis deformidades
  • Grau 4: Grandes osteófitos, severo estreitamento do espaço articular, esclerose óssea acentuada e deformidades evidentes

Cada estágio da artrose apresenta manifestações clínicas específicas, desde desconforto leve nas fases iniciais até dor intensa, rigidez e limitação funcional significativa nos estágios avançados.

Fatores que aceleram a progressão e quando considerar alternativas à prótese

Diversos fatores podem acelerar a progressão da artrose, sendo importante identificá-los para implementar estratégias preventivas:

  • Sobrepeso e obesidade: Aumentam significativamente a carga sobre as articulações
  • Atividades de alto impacto: Especialmente quando realizadas sem preparação adequada
  • Lesões prévias: Traumas articulares anteriores, como rupturas ligamentares ou meniscais
  • Desalinhamentos biomecânicos: Como genu varo (joelho arqueado) ou valgo (joelho em X)
  • Predisposição genética: História familiar de artrose
  • Idade avançada: O envelhecimento natural dos tecidos
  • Doenças metabólicas: Como diabetes e gota

O tratamento conservador deve ser considerado prioritariamente nos estágios iniciais e moderados da artrose (graus 1 a 3), quando ainda há preservação parcial da cartilagem e função articular. Como destaca o Dr. Reginaldo Fonseca, especialista em medicina da dor e regenerativa, “a avaliação detalhada do estágio da artrose e das características individuais do paciente é fundamental para determinar o plano terapêutico ideal, priorizando abordagens que preservem a articulação natural pelo máximo de tempo possível.”

A indicação de prótese articular geralmente é reservada para casos onde:

  • A dor é intensa e persistente, não respondendo aos tratamentos conservadores
  • Há limitação funcional significativa que compromete atividades básicas diárias
  • Exames de imagem mostram degeneração articular avançada (grau 4)
  • O paciente apresenta deformidades importantes que comprometem a biomecânica

É fundamental entender que existem múltiplas opções de tratamento conservador que podem proporcionar alívio significativo dos sintomas e, em muitos casos, retardar a necessidade de intervenção cirúrgica por anos ou até mesmo décadas.

Abordagens Não-Farmacológicas: Base do Tratamento Conservador

Exercícios Terapêuticos Estruturados

O exercício físico estruturado representa um dos pilares mais importantes no tratamento conservador da artrose. Estudos demonstram que programas adequados de exercícios podem reduzir a dor em até 30% e melhorar significativamente a função articular.

#### Protocolos de fortalecimento muscular e exercícios aeróbicos de baixo impacto

Um programa eficaz para artrose deve incluir:

Fortalecimento muscular:

  • Exercícios isométricos: Contração muscular sem movimento articular, ideal para fases agudas
  • Exercícios isotônicos: Com resistência progressiva para quadríceps, isquiotibiais e glúteos
  • Exercícios de cadeia cinética fechada: Como agachamentos parciais e leg press, que distribuem melhor a carga articular

Exercícios aeróbicos de baixo impacto:

  • Natação e hidroginástica: O ambiente aquático reduz a carga articular em até 90%
  • Ciclismo: Com ajuste adequado do selim e altura do pedal
  • Caminhada: Em superfícies planas e com calçados apropriados
  • Elíptico: Promove movimento contínuo com mínimo impacto articular

A frequência recomendada é de 3 a 5 vezes por semana, com duração de 30 a 60 minutos por sessão, sempre respeitando os limites individuais e evitando a exacerbação da dor.

#### Adaptações para diferentes estágios da artrose e fisioterapia especializada

Artrose inicial (Grau 1-2):

  • Foco em exercícios funcionais e de propriocepção
  • Fortalecimento intensivo dos músculos estabilizadores
  • Correção de padrões de movimento disfuncionais

Artrose moderada (Grau 2-3):

  • Exercícios com menor amplitude de movimento
  • Maior ênfase em atividades aquáticas
  • Técnicas de descompressão articular

Artrose avançada (Grau 3-4):

  • Exercícios isométricos e de baixa carga
  • Mobilizações passivas e ativas assistidas
  • Técnicas de alívio da dor como TENS e termoterapia

A fisioterapia especializada oferece benefícios adicionais através de:

  • Terapia manual: Mobilizações articulares específicas
  • Liberação miofascial: Redução de tensões musculares compensatórias
  • Reeducação da marcha: Correção de padrões de caminhada alterados
  • Técnicas de facilitação neuromuscular: Melhora da coordenação e recrutamento muscular

Controle de Peso e Dispositivos de Assistência

#### Estratégias nutricionais para redução de carga articular

O controle de peso é fundamental no manejo da artrose, pois cada quilograma adicional aumenta em 4 vezes a pressão sobre as articulações do joelho durante a caminhada. Estudos demonstram que uma redução de 10% do peso corporal pode diminuir a dor em até 50% em pacientes com artrose de joelho.

Estratégias nutricionais recomendadas incluem:

  • Dieta anti-inflamatória: Rica em ômega-3, frutas, vegetais e baixa em alimentos processados
  • Controle calórico: Déficit moderado de 500-750 kcal/dia para perda de peso sustentável
  • Adequação proteica: 1,2-1,5g/kg/dia para preservação da massa muscular durante o emagrecimento
  • Hidratação adequada: Fundamental para a saúde da cartilagem e metabolismo articular
  • Suplementação específica: Sob orientação médica, considerando colágeno, vitamina D e cálcio quando indicados

É recomendável o acompanhamento por nutricionista para personalização do plano alimentar, considerando comorbidades e preferências individuais.

#### Órteses descarregadoras e auxiliares de marcha: indicações e benefícios

Dispositivos de assistência podem proporcionar alívio significativo dos sintomas e melhorar a funcionalidade:

Órteses descarregadoras:

  • Joelheiras unloader: Reduzem a carga no compartimento articular mais afetado, especialmente úteis em casos de artrose unicompartimental
  • Palmilhas ortopédicas: Corrigem desalinhamentos do pé e tornozelo que podem sobrecarregar o joelho
  • Talas noturnas: Previnem contraturas e mantêm o alinhamento durante o repouso

Auxiliares de marcha:

  • Bengalas: Devem ser utilizadas no lado oposto ao joelho afetado, reduzindo a carga em até 25%
  • Muletas: Para casos de dor aguda ou pós-procedimentos
  • Andadores: Proporcionam maior estabilidade para pacientes com comprometimento bilateral
  • Bastões de caminhada: Úteis para atividades ao ar livre, distribuindo o peso e melhorando o equilíbrio

A prescrição desses dispositivos deve ser individualizada, considerando o estágio da doença, padrão de marcha, nível de atividade e preferências do paciente. O treinamento adequado para uso correto é essencial para maximizar os benefícios e evitar compensações prejudiciais.

Intervenções Minimamente Invasivas e Farmacológicas

Terapias Intra-Articulares Avançadas

As infiltrações articulares representam uma opção terapêutica importante quando as medidas não-farmacológicas não proporcionam alívio suficiente dos sintomas.

#### Viscossuplementação com ácido hialurônico: mecanismo, eficácia e duração

O ácido hialurônico é um componente natural do líquido sinovial responsável pela lubrificação e amortecimento articular. Na artrose, sua concentração e qualidade estão reduzidas, comprometendo a função articular.

Mecanismo de ação:

  • Melhora da viscoelasticidade do líquido sinovial
  • Efeito anti-inflamatório direto
  • Estímulo à produção endógena de ácido hialurônico
  • Proteção dos condrócitos contra mediadores inflamatórios

Eficácia clínica:

  • Redução da dor em 40-60% dos pacientes
  • Melhora da mobilidade articular
  • Diminuição da necessidade de analgésicos
  • Maior benefício em artrose leve a moderada (graus 1-3)

Duração dos efeitos:

  • Início da ação: 2-5 semanas após aplicação
  • Duração média: 6-12 meses
  • Possibilidade de repetição do procedimento

Os protocolos variam entre aplicação única ou séries de 3-5 infiltrações semanais, dependendo do produto utilizado e da resposta individual. A viscossuplementação é mais eficaz quando integrada a um programa completo de tratamento conservador.

#### PRP e outras terapias biológicas: indicações, protocolos e evidências científicas

O Plasma Rico em Plaquetas (PRP) representa uma evolução nas terapias intra-articulares, utilizando componentes do próprio sangue do paciente para estimular processos regenerativos.

Mecanismo de ação do PRP:

  • Liberação de fatores de crescimento que estimulam a regeneração tecidual
  • Modulação da inflamação articular
  • Estímulo à produção de componentes da matriz extracelular
  • Efeito anabólico sobre os condrócitos

Protocolos de aplicação:

  • Coleta de sangue do próprio paciente
  • Centrifugação para concentração das plaquetas
  • Aplicação intra-articular (geralmente 1-3 sessões com intervalo de 2-4 semanas)
  • Possível repetição semestral ou anual, conforme resposta

Evidências científicas:

  • Estudos mostram eficácia superior ao placebo
  • Comparável ou superior ao ácido hialurônico em alguns estudos
  • Maior benefício em pacientes mais jovens e com artrose menos avançada
  • Heterogeneidade nos protocolos dificulta comparações diretas

Dr. Reginaldo Fonseca, especialista em medicina regenerativa, observa que “a seleção adequada de pacientes para terapias biológicas como o PRP é fundamental para otimizar resultados. Fatores como idade, grau de artrose, presença de inflamação ativa e comorbidades influenciam significativamente a resposta ao tratamento, exigindo uma avaliação individualizada e expectativas realistas.”

Outras terapias biológicas emergentes:

  • Células-tronco mesenquimais: Potencial regenerativo, mas ainda em fase de estudos clínicos
  • Exossomos: Vesículas extracelulares com efeitos anti-inflamatórios e regenerativos
  • Proloterapia: Estimulação da cicatrização através de soluções irritativas

É importante ressaltar que a resposta às terapias biológicas varia significativamente entre indivíduos, e os resultados são geralmente mais modestos do que o sugerido por algumas clínicas. A decisão deve ser baseada em expectativas realistas e evidências científicas atualizadas.

Manejo Medicamentoso Estratégico

#### Anti-inflamatórios e analgésicos: uso racional e limitações

O tratamento farmacológico da artrose deve seguir uma abordagem escalonada, priorizando a segurança e eficácia:

Primeira linha:

  • Analgésicos simples: Para controle da dor leve a moderada
  • Compressas quentes/frias: Como adjuvantes não-farmacológicos

Segunda linha:

  • Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): Eficazes para dor e inflamação, mas com limitações importantes:
  • Uso por períodos curtos (7-14 dias)
  • Monitoramento de efeitos gastrointestinais, renais e cardiovasculares
  • Contraindicados ou usados com cautela em pacientes com comorbidades
  • Preferência por formulações tópicas quando possível

Terceira linha:

  • Anti-inflamatórios inibidores seletivos da COX-2: Menor risco gastrointestinal, mas mantêm riscos cardiovasculares
  • Opioides fracos: Reservados para dor moderada a intensa não controlada com outras medidas, por períodos limitados

Quarta linha:

  • Corticosteroides intra-articulares: Potente efeito anti-inflamatório, mas limitados a 2-3 aplicações anuais devido ao potencial de aceleração do dano cartilaginoso com uso repetido

As limitações do tratamento medicamentoso incluem:

  • Eficácia parcial e temporária
  • Riscos aumentados com uso prolongado
  • Não modificam a progressão da doença
  • Potenciais interações medicamentosas em pacientes com múltiplas comorbidades

#### Terapias complementares com evidência científica

Algumas terapias complementares demonstram benefícios no manejo da artrose:

Suplementos nutricionais:

  • Glucosamina e condroitina: Evidências mistas, com possível benefício em subgrupos específicos
  • Colágeno não-desnaturado tipo II: Estudos sugerem efeito moderado na redução da dor
  • Curcumina: Propriedades anti-inflamatórias com evidências crescentes de eficácia
  • Ômega-3: Efeito anti-inflamatório sistêmico que pode beneficiar pacientes com artrose

Terapias físicas:

  • Acupuntura: Evidências moderadas de eficácia para alívio da dor
  • Estimulação elétrica transcutânea (TENS): Útil como adjuvante para controle da dor
  • Magnetoterapia: Evidências limitadas, mas potencial benefício em alguns casos

É fundamental que estas terapias complementares sejam vistas como adjuvantes ao tratamento convencional, não como substitutas. A recomendação deve ser baseada em evidências científicas atualizadas e na avaliação individual de cada paciente.

Critérios para escolha do tratamento ideal e sinais de quando considerar a prótese

A escolha do tratamento conservador ideal deve ser individualizada, considerando:

Fatores relacionados ao paciente:

  • Idade e expectativa de vida
  • Nível de atividade física e demandas funcionais
  • Comorbidades e contraindicações
  • Preferências pessoais e adesão ao tratamento
  • Disponibilidade de suporte familiar/social
  • Capacidade financeira e acesso aos serviços

Fatores relacionados à doença:

  • Estágio radiológico da artrose
  • Padrão e intensidade da dor
  • Grau de comprometimento funcional
  • Velocidade de progressão
  • Articulações acometidas (joelho, quadril ou múltiplas)

Profissionais com expertise em medicina intervencionista e regenerativa, como o Dr. Reginaldo Fonseca, enfatizam a importância de uma avaliação abrangente que considere não apenas o grau radiológico da artrose, mas também aspectos funcionais, inflamatórios e biomecânicos para determinar a melhor estratégia terapêutica para cada paciente.

Sinais de alerta que sugerem necessidade de avaliação para prótese:

  • Dor persistente que não responde ao tratamento conservador otimizado por 3-6 meses
  • Comprometimento significativo da qualidade de vida e independência
  • Dor noturna que interfere no sono de forma consistente
  • Limitação funcional que impede atividades básicas diárias
  • Deformidade articular progressiva
  • Instabilidade articular com episódios frequentes de falseio

É fundamental que a decisão sobre o momento ideal para considerar a prótese seja compartilhada entre médico e paciente, após esgotamento das opções conservadoras adequadas. Muitos pacientes podem se beneficiar de uma abordagem conservadora por anos ou décadas antes de necessitar intervenção cirúrgica.

A combinação estratégica de múltiplas modalidades de tratamento conservador, adaptadas às necessidades individuais e ao estágio da doença, oferece os melhores resultados na preservação da função articular e qualidade de vida dos pacientes com artrose de joelho e quadril.

Conclusão

Os tratamentos conservadores para artrose de joelho e quadril representam alternativas eficazes para muitos pacientes, especialmente nos estágios iniciais e moderados (graus 1-3). A combinação de exercícios terapêuticos estruturados, controle de peso, dispositivos de assistência e intervenções minimamente invasivas pode proporcionar alívio significativo da dor e melhora funcional, potencialmente adiando a necessidade de prótese por anos.

É importante ressaltar que a resposta ao tratamento varia individualmente e que a artrose é uma condição crônica que requer manejo contínuo. O SUS oferece acesso a terapias básicas, enquanto tratamentos mais avançados como viscossuplementação e PRP podem ter disponibilidade limitada, exigindo recursos próprios ou cobertura de planos de saúde.

“Na abordagem da artrose, é essencial considerar o paciente de forma integral, não apenas a articulação afetada”, ressalta o Dr. Reginaldo Fonseca, especialista em medicina da dor e regenerativa. “Um plano terapêutico personalizado, que combine diferentes modalidades de tratamento e seja ajustado conforme a evolução do quadro, oferece os melhores resultados a longo prazo.”

A decisão sobre o tratamento ideal deve ser personalizada e reavaliada periodicamente por um ortopedista ou reumatologista. Consulte um especialista para desenvolver um plano terapêutico adequado ao seu estágio da doença, necessidades funcionais e condições socioeconômicas.

Referências

  • [Diretriz Brasileira para o Tratamento Não Cirúrgico da Osteoartrite de Joelho](https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/relatorios/2024/diretriz-brasileira-para-o-tratamento-nao-cirurgico-da-osteoartrite-de-joelho)
  • [Diretriz Brasileira para o Tratamento Não Cirúrgico da Osteoartrite de Quadril](https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/relatorios/2024/diretriz-brasileira-para-o-tratamento-nao-cirurgico-da-osteoartrite-de-quadril)
  • [Tratamentos não cirúrgicos para artrose do joelho](https://www.denysaragao.com.br/joelho/tratamentos-nao-cirurgicos-para-artrose-do-joelho/)
  • [Instituto de Ortopedia da USP testa nova técnica para tratar artrose do joelho](https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/instituto-de-ortopedia-da-usp-testa-nova-tecnica-para-tratar-artrose-do-joelho/)
  • [Artrose: 5 fatores que impedem o seu tratamento](https://adrianoleonardi.com.br/artigos/artrose-5-fatores-que-impedem-o-seu-tratamento/)

Dr. Reginaldo Fonseca

Ortopedista – Traumatologista

CRM 3646 MA – RQE 2950

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